Publicado por: Rodrigo | setembro 24, 2009

Desbravadores do Mundo! Parte 2

Micheli Aguiar (entrevista) / Rodrigo Duarte (edição)

Edwin Wolffdick não pode ser considerado um mochileiro. Afinal de contas, o capitão-navegador, e escritor nas horas vagas, tornou o hábito de viajar em uma profissão. Mas aos 6 anos de idade, quando começou a acompanhar o avô em algumas viagens, ele não tinha muita noção do que estava por acontecer. A criança, que simplemente poderia escolher ficar em terras seguras, optou por se aventurar pelo mundo.

Confira agora uma entrevista exclusiva com o homem que já deu a volta ao mundo:

Você me disse que começou a navegar aos 6 anos. Como foi isto? Quem foi o principal incentivador?
Comecei a navegar aos 8 anos de idade, com meu bisavô (sócio fundador de vários clubes náutico em Porto Alegre) em seu veleiro.

Como virou profissão?
Como conseqüência de meus anos de experiência na área e por solicitação do mercado.

Quais são as maiores dificuldade? Por que?
Cumprir prazos apertados pois as condições meteorológicas nem sempre permitem que se saia e/ou se chegue quando as pessoas querem que isto aconteça. Quem não navega tem dificuldade para entender isso.

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Também é paixão?
Com certeza. Aliás, tudo que é feito com uma dose de paixão acaba sendo bem sucedido.

As viagens também são a lazer?
Atualmente elas têm sido mais a trabalho. Mas é claro que momentos de maior tensão são intercalados com situações de pura contemplação e prazer, apesar de muitas vezes estarmos fisicamente muito cansados.

Por onde você já foi?
Costa oeste do Atlântico sul, Caribe, Açores e Europa.

Quanto já tem de milhagem? Isto equivale a quantas voltas ao mundo?
Já possuo mais de 70.000 NM (milhas náuticas). Isto equivale a aproximadamente 3 voltas ao mundo pelo Equador.

Como foi virar escritor/repórter?
Na década de 90, no século passado, muitos amigos se reuniam no cockpit do meu barco para ouvir minhas histórias. Aí me convenceram a escrever o primeiro livro. Depois não parei mais. Com a parceria de minha esposa, atualmente escrevemos para revistas brasileiras e estrangeiras.

Como é este outro trabalho?
Escrever às vezes é muito difícil. A maior dificuldade está em traduzir em palavras o que sentimos quando estamos navegando. Artigos técnicos são mais fáceis apesar de exigir maior conhecimento.

342-405-thickboxHá quanto tempo realiza?
O meu primeiro livro foi lançado em 2002. Escrevemos para revistas brasileiras desde 2003 e estrangeiras desde 2005.

Como é a participação da sua família?
Minha filha navega comigo às vezes. Minha esposa, quando sua profissão permite, faz os translados comigo. Ela foi a primeira mulher a ter a habilitação de Capitão-Amador no Rio Grande do Sul.

Quais são os novos trabalhos?
Estamos sempre produzindo novos artigos sobre a arte de navegar. Nossa intenção é transmitir a experiência acumulada e incentivar as pessoas a desfrutar cada vez mais desta incrível atividade que é velejar.

Você tem uma viagem agora, pra onde é? Para fazer o que?
No início de outubro vamos a Argentina fazer a cobertura do Salón Náutico Argentino para a Revista Velejar e Meio Ambiente. No final de outubro temos mais um veleiro para trazer de Buenos Aires a Camboriú/SC.

Quem geralmente viaja junto?
Minha esposa ou um amigo. Muitas vezes navego em solitáro.


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